sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O prometido sobre os AA's - Parte II

As imagens não mentem: Scolari mandou um sopapo à portuguesa a um energúmero que tentou, cobardemente, agredir Ricardo Quaresma. Antes de mais, o acto em si é repudiável. Daí eu defender uma punição pesada para o seleccionador, nunca inferior a 6 meses. Madaíl também devia ser castigado, não por ter feito algo, mas para alguém que se diz com tanto poder na UEFA continuar a permitir que o alemão Merk continue a apitar jogos de Portugal, merece ser castigado e não é pouco. Mas já vamos ao alemão...

Por outro lado, atendendo ao que o "senhor" Dragutinovic fez durante todo o jogo, merecia. Não só um sopapo, como uma carga de porrada das valentes. Não só ele como 5 ou 6 sérvios idiotas que, por terem sido apanhados a fingir uma lesão, e ao não receberem a bola de volta, tentaram acertar em tudo o que vestia de vermelho, tinha duas pernas e estava em jogo. É curioso que ninguém fala deste pormenor.

E o verdadeiro culpado é realmente o alemão. Ele tentou, em outras ocasiões, prejudicar não só a Selecção Nacional como as equipas portuguesas. Vi arbitragens vergonhosas desse senhor com Sporting, Porto, Benfica e selecção. Sempre foi habilidoso, permite coisas aos adversários que não tolera aos portugueses e enerva. Há árbitros do nosso burgo que também o fazem, mas este abusa.

E na quarta-feira não foi excepção. Esse Dragutinovic, tão ofendido que ele estava no final do jogo, devia estar na rua ao minuto 51 (quando levou o amarelo) pois já devia ter levado em duas ocasiões anteriores. Permitiu todo o tipo de anti-jogo, excepto a um elemento que, curiosamente, joga em Port...., pronto, completem que eu deixo. Tira dois foras-de-jogo a Ronaldo e Simão que, claramente, não estavam. E depois, o golo adversário nem merece qualquer tipo de comentário, porque consegue acumular dois erros na mesma jogada: o fora-de-jogo de 53 centímetros e a falta que originou o livre - alegadamente cometida pelo Petit - não existiu.

Se há coisa que o português não tem é sangue de barata. Desde há algum tempo para cá que o prejuízo tem sido para o nosso lado. Coloquem-se no lugar do seleccionador, tentem relembrar o que sentiam naquela altura estivessem no estádio ou em casa, e tentem prever a vossa reacção. Exercício muito engraçado, não é? E a primeira imagem é exactamente aquela que transmite que a "vítima" sérvia está com um sopapo bem aviado na tromba.

Não quero dizer com isto que somos um povo violento. Mas quando nos pisam (e os espanhóis tentam de forma estóica, com os resultados que se vê), nós reagimos mal, respondemos e acabamos por vencer. Sempre foi assim e sempre será.

Por último, uma nova referência aos "jornalistas", não só desportivos mas também aos dos jornais diários: ao contrário do que estes filhos da puta pensam, isto não é a Casa Pia nem o caso Maddie. Não devia de servir de abertura de telejornal, não devia ser falado a toda a hora, não devia ser dado sequer como exemplo. Devia ser tomado com vergonha, colocado numa nota de rodapé com um pedido de desculpas, e rapidamente esquecido porque não é bom exemplo para ninguém. Mas os filhos da puta que tomam conta das direcções de informação, que gostam de uma boa novela, decidiram mostrar como se fosse o acto mais grave cometido por um ser humano. As poias ainda não perceberam que uma exposição demasiado grande do caso vem prejudicar o país todo e não apenas o brasileiro que, de ocasião, serve de bode.

Gostava de ver a insistência deles em casos tão idiotas como os ataques ao Ambiente que Ministério e Organizações "Ambientais" (que belo exemplo deitar os lixos do último acampamento natural em pleno Guadiana) fazem, ou as frases emblemáticas como "Com menos dinheiro e menos professores, fazemos o mesmo" (esquecendo-se de acrescentar que fazem pior do que faziam). Ou o gravíssimo caso de não receber oficialmente uma figura emblemática como o Dalai Lama, reconhecidamente uma figura da Paz, por causa da pressão chinesa, dita mesmo como asfixiante por fontes do MNE (eu também conheço gente por lá). Sim, escolher o aspecto económico em deterimento do respeito pelos Direitos Humanos, para mim, é um crime muito mais grave que um "murro" num cobarde que até estava a merecê-las.

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