sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Autismo

«Governo contabiliza adesão à greve na administração central em 22 por cento»

Brilhante. Estamos no tempo da desinformação. Com a ajuda da RTP, locais escolhidos a dedo foram visitados pelas reportagens, para dar a ideia completa da normalidade. É pena que o português, por mais estúpido que seja, já percebeu que há dois países: o real e o que passa nas TV's.

Querem ver outro caso? Procurem pelos verdadeiros incidentes dos militares estacionados nas zonas de guerra (Iraque e Afeganistão) e procurem saber das condições dos militares. E acreditem também que não há voluntários...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Simplesmente fantástico!

Que o pasquim em questão nos tinha habituado a peças de mau jornalismo e pouca imparcialidade, já o tinha referido anteriormente. Mas hoje atingiu um limite impensável. Alguém que ensine aos idiotas que a tradução de "Algeria" é Argélia.

domingo, 18 de novembro de 2007

Competência (ou falta dela)!

Bom, soube-se que as Estradas de Portugal andam a gastar demais. Politicamente, e como falta pouco tempo para eleições, o Publicitário-Mor não gostou e ordena ao Ministro Bonacheirão que mude o sujeito.

Ora, escolher alguém é fácil. Escolher alguém que faça o líder da oposição elogie é mais difícil. Mas escolher alguém que seja competente (seriamente competente e não politicamente competente, são duas coisas completamente diferentes) e que seja elogiado pelo líder da oposição, ainda mais difícil se torna.

Por outro lado, olhamos para uma RTP que transparece uma certa insegurança interior (principalmente na relação entre Administrador e empregados) para a opinião pública mas que, a confiar nas crónicas que me chegam de pessoas que lá trabalham, ainda é pior. Sabemos da ponta do "desconforto" (processo ao José Rodrigues dos Santos), sabemos do número de processos disciplinares a jornalistas, mas há mais problemas: má gestão do pessoal (secções com excesso de pessoas e outras com falta delas), memorandos de conteúdo, vá, pouco democráticos no séc. XXI, ...

Então o que se faz? Coloca-se o mau gestor (uma empresa pública não são só números, como o Publicitário-Mor quer fazer crer, e mesmo nos números, era bom que o Tribunal de Contas confirmasse as contas da RTP) numa empresa mal gerida. Mas é amigo do Ministro. Pronto, como é amigo do Ministro e laranja, já pode ser. E com isso, até se cala o líder da oposição.

Pobre Portugal entregue a estes parasitas. Quando lhes chegará a vergonha?

sábado, 17 de novembro de 2007

Ota

Está na ordem do dia. De novo. O que é que isso significa para nós, portugueses? Simples, que estamos a pagar estudos encomendados por amigos de amigos da malta que governa. A recente cronologia permitirá esclarecer que, de facto, passa-se mais tempo em estudos que a trabalhar neste país, senão vejamos:
  1. A Confederação das Indústrias Portuguesas (CIP) faz um estudo que conclui que o aeroporto em Alcochete é que era.
  2. O Ministro Lino (cujo artigo da Visão desta quinta-feira a Áurea Sampaio classifica como bonacheirão e amante da boa mesa... eu sou amante da boa mesa e não tenho um ar tão absorto e idiota como ele a explicar os benefícios do aeroporto na Ota) encomenda um estudo à Rede Ferroviária de Alta Velocidade (RAVE) (cf, nota de rodapé) para arrumar o estudo da CIP.
  3. A CIP tenta salvar o seu estudo, apontando claramente a encomenda com laço e açucar do Ministro, e insinuando que o lobby PS dos terrenos na Ota é a única coisa que faz manter viva aquele pântano como localização.
  4. Entra em cena o defensor das causas perdidas, mostrando por A+B que o estudo é mau. Além de ser parcial, devido à sua cor política, como raio é possível confiar numa opinião de alguém que nem sequer sabe contar? (Gostei particularmente do especialista em Túneis "entrevistado" pelo Expresso... uma pesquisa mais atenta descobre que o senhor referido como especialista em túneis tem 3 anos de experiência profissional e área da sua formação é ... pontes!)
  5. Obviamente que chegamos aos dias de hoje e só sentimos que estão a ir-nos ao bolso porque nada disto serve aos portugueses mas sim a interesses particulares.
Notas adicionais:
  • Em relação à RAVE, lê-se no site, na parte do "Quem somos?":
«A RAVE, Rede Ferroviária de Alta Velocidade, SA, é a empresa portuguesa que tem por missão o desenvolvimento e coordenação dos trabalhos e estudos necessários para a formação de decisões de planeamento e construção, financiamento, fornecimento e exploração de uma rede ferroviária de alta velocidade a instalar em Portugal Continental e da sua ligação com a rede espanhola de igual natureza.»
É só de mim ou isto cheira a "jobs for the boys" criado pelo PS em 2000, continuado pelo PSD e agora reaproveitado pelo PS para os seus intentos?
  • Em relação ao ponto 4, o argumento usado é do mesmo calibre que esse senhor usa para atacar quem não gosta, ou seja, algo de completamente inócuo, que nada tem a ver com o assunto em discussão, mas que serve para tentar enfraquecer o opositor.


Hiato.

Tinha que escrever hiato no blog. Sabe bem. Não ganhei 50000 euros como a outra por saber o que era cáfila. Pronto, mas nem toda a gente pode ganhar 50000 por ninharias.

Isto tudo para dizer que estou de volta. Agora é que vamos entornar o caldo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

A emissão segue dentro de momentos...

Enquanto não vem mais nada, uma pausa de 20 minutos é a minha sugestão:



domingo, 14 de outubro de 2007

Igreja da Santíssima Trindade

«Vergonha! É um abuso, uma vergonha, a Igreja nunca poderia ter gasto tanto dinheiro!»

A frase resume sucintamente a maior parte das opiniões que tenho ouvido (independentemente do seu credo/religião/opção nesta área). Critica-se (em parte, com razão - não havia necessidade de painéis em ouro, por exemplo) o simples facto de se terem gasto 70 milhões de euros na construção da Igreja. Bom, há factos que devo salientar:
  1. O projecto inicial previa um orçamento de 70 milhões de euros, que foi integralmente cumprido, com a obra a ficar concluída no prazo estabelecido.
  2. O dinheiro foi dado pelos fiéis por sua livre e espontânea vontade, tendo sido apenas retirado das ofertas referentes a "Promessas" e não em doações aos "pobres".
  3. Não vi (nem vejo) o escândalo aquando da construção do Centro Comerc... Cultural de Belém, com uma derrapagem record em termos de orçamento, um atraso injustificado nas obras e o dinheiro a sair do bolso dos contribuintes (não é por livre e espontânea vontade que pago impostos). Como é para a Cultura, perdoa-se tudo...
  4. Ainda no domínio da Cultura, será preciso referir a alarvidade que foi a Casa da Música no Porto em termos de orçamento e tempo de execução?
  5. No âmbito dos Transportes e Comunicações, gostaria de referir a Ota (só em estudos, tantos boys que têm sido alimentados...), o Túnel do Marquês, o Metro do Terreiro do Paço, a Estação do Rossio, os 10 Estádios para o Euro, a barragem do Alqueva ... (ufa!, não deve ser preciso continuar)
  6. E no caso do Ambiente, o abate dos sobreiros pago a peso de ouro (5 vezes acima do preço inicial, de 2M para 10M) e a circuncisão da doença dos pinheiros (14 vezes acima do preço inicial, de 5M para 70M) são (maus) exemplos.
E o escândalo, onde está ele? A preocupação com os pobres, onde está ela? É que a Igreja, por pouco que faça, faz sempre mais do que os que, de forma hipócrita, a criticam. Mas está 'na moda' atacar a Igreja por tudo e por nada. Veja-se o escândalo que foi, para os badamecos ideológicos de esquerda, este assunto. Não é escândalo as atrocidades que, por exemplo, os regimes que estes badamecos de esquerda defendem (China e Cuba, por exemplo) cometem, onde a Igreja, com muita dificuldade e muitas ameaças, muitas delas concretizadas, vai tentando evitar.

P.S.: Também não ficou bem ao Papa os termos da recusa em vir a Fátima para a inauguração. É por estas e por outras que, mesmo dentro do núcleo cristão e católico, cada vez mais pessoas se sentem descontentes pela suas atitudes e pela sua postura.

Frase do Dia

«Benfica possui projecto sério e demolidor»
(Luís Filipe Vieira)

(É um caso sério de projecto em fase de acabamento e, como se viu em baixo, demolidoramente insolúvel em termos financeiros. Será possível que os benfiquistas estejam tão preocupados com a sua soneca que não vejam isto?)

Contas vermelhas!

Ora, tentando contrariar-me (e tenho-me baseado unicamente nas contas aprovadas no âmbito da renegociação fiscal, ou seja, nas do ano 2004/05, porque foram auditadas), apareceu que o Benfica reduziu o passivo para o valor mais baixo dos 3 grandes - é certo que o SCP ainda não recebeu o que é dele, de pleno direito, à conta do negócio com a MDC. Ora, vamos a um exercício simples de Matemática, pegando nas contas desde 2003/04, baseado nos textos oficiais:

De 2003/04:
«A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) divulgou ontem o Relatório e Contas da SAD do benfica relativo à época 2003/04, que revela um aumento de 46% do passivo, para 122,79 milhões de euros.»
(não encontrei mais informação)

De 2004/05:
«O Benfica reduziu no exercício 2004/05 o passivo consolidado em 59,970 milhões de euros, menos 16 por cento em relação ao exercício anterior, foi hoje anunciado em conferência de imprensa. Na apresentação das contas consolidadas do clube, Domingos Oliveira, administrador executivo do Benfica, indicou que a redução passou de 375,129 milhões de euros em 2003/04 para 315,159 milhões de euros em 2004/2005, explicando que a mesma se justifica essencialmente pelo decréscimo verificado nas dívidas a terceiros de curto prazo.[...]
As contas consolidadas do Benfica referentes ao exercício de 2004/05 revelam a tendência positiva do ano transacto, em que o resultado líquido consolidado sem interesses minoritários passou de um prejuízo de 11,471 milhões de euros em 2003/04 para 7,514 milhões de euros em 2004/05. De acordo com os números do Benfica, a variação positiva é alicerçada pelo aumento em 17,6 por cento dos proveitos gerados pelo Benfica, que se situaram nos 81,990 milhões de euros. Em relação aos custos consolidados, registou-se um aumento de 5,248 milhões de euros, a que corresponde uma variação de 6,1 por cento face ao exercício anterior.
A Benfica SAD registou prejuízos de 5,8 milhões de euros no exercício fiscal deste ano, o que representa uma melhoria de 26,9% face aos 7,98 milhões de euros registados no período homólogo de 2004, anunciou a SAD esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Os resultados operacionais melhoraram de 5,9 milhões de euros negativos para os 4,1 milhões de euros negativos. Os proveitos operacionais desceram de 47,5 milhões de euros, para os 46,1 milhões de euros. »

De 2005/06, o relatório diz-nos o seguinte:
«No relatório e contas aprovado por unanimidade esta segunda-feira, a SAD do Benfica apresentou um passivo de quase 152 milhões de euros (151.860.213), o que significa um crescimento de 26,1 milhões (20%) em relação o último exercício.
A Benfica SAD apresentou um resultado líquido negativo de 1,2 milhões de euros no exercício 2005/2006. Em comunicado endereçado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários o clube da Luz reporta uma diminuição dos prejuízos em 79 por cento relativamente à época anterior onde se registaram 5,835 milhões de euros negativos. A SAD encarnada frisa deste modo que a redução dos prejuízos significa uma «evolução favorável» nas contas do emblema. De destacar que em termos de proveitos operacionais houve um aumento de 46,110 milhões para 59,192 milhões fruto da boa prestação da equipa na Liga dos Campeões da época passada.»

Para já, é público e notório a colocação de 2/3 do passivo no clube - nenhuma das outras SAD o faz. Por outro lado, umas continhas simples fazem-nos concluir que o passivo de 2004/2005 da SAD é 125,7 milhões de euros. Ou seja, o passivo está a aumentar descontraídamente em 3 exercícios (nem vou perguntar como reduzem o passivo do clube e com que receitas o fazem pois foi o próprio Luis Filipe Vieira dizer que o «clube está alicerçado do futebol e é daí que vêm 90% das receitas»). Agora vem a pérola, em 2006/07:

«A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, ao abrigo da alínea i) do Artigo 3º do Regulamento da CMVM nº 4/2004, informa que os resultados do exercício de 2006/2007 atingiram o valor de 15,274 milhões de euros, correspondendo ao primeiro ano em que os mesmos são positivos, após 3 anos de tendência francamente favorável.
Este crescimento foi, mais uma vez, alicerçado na capacidade da Sociedade impulsionar um aumento de receitas, que atingiram um montante superior a 83,3 milhões de euros, representado um crescimento de 31,3% face ao ano anterior.
Em termos de custos, a Sociedade não apresentou, em termos globais, uma variação de relevo face ao exercício anterior, tendo atingido o montante de 68,037 mihões de euros (2005/2006: 64,683 milhões de euros), o que representa uma variação de 5,2%. Este crescimento é, em parte, justificado pelo aumento dos custos financeiros e pelo início da utilização do Caixa Futebol Campus.
Os custos com o pessoal apresentaram um decréscimo de 15,9% face ao exercício anterior, tendo atingido o montante de 25,976 milhões de euros (2005/2006: 30,879 milhões de euros), sendo a variação essencialmente justificada pela efectiva diminuição da massa salarial do plantel em cerca de 3 milhões de euros.
Em termos de passivo, verificou-se um aumento em cerca de 3 milhões de euros, correspondendo a uma variação de 2%, face ao exercício anterior, demonstrando que o valor do passivo de 154,9 milhões de euros se encontra estabilizado no final do ano.»

Ou seja, pelo 4º ano consecutivo, o passivo aumenta. (Este passivo faz-me lembrar o desemprego do país: estabiliza subindo, mesmo batendo recordes de receita). Por fim, há que destacar a diminuição dos custos com o pessoal em 5 milhões de euros, e aqui está a génese do que eu acho serem contas em formato aldrabice: se bem se recordam, neste ano, o Miccoli manteve-se, o Rui Costa entrou ao serviço e o jogador que saíu com maior relevância foi o Manuel Fernandes (emprestado a dois clubes ingleses). Redução da massa salarial em 3 milhões de euros, mantendo os ordenados dos emprestados, aumentando o número de jogadores acima dos 200 mil euros (Rui Costa e Miccoli juntam-se a Nuno Gomes, Simão e Luisão) e o número de jogadores total (recorde-se que Derlei chegou no mercado de Inverno e recebia o mesmo que no Dínamo de Moscovo, e o Benfica tem mais de 65 jogadores a contrato, ao contrário dos 59 da época transacta)? Atendendo ao dia de ontem, acredito que seja milagre.
Atendendo a isto, não será de menosprezar o real passivo do Universo Benfica (Clube + SAD) que, atendendo às contas da SAD, só pode continuar a aumentar. Como eu digo aos meus amigos benfiquistas, se eu fosse sócio (se for acionista, o caso ainda piora) eu estaria MUITO preocupado. Mais preocupado estaria (se fosse sócio do Benfica) em saber que o meu clube procura atacar o mercado de Inverno de forma agressiva.
Como sportinguista orgulhoso que sou, só me dá vontade de rir. É sinal que a concorrência está prestes a perder peso e, sabendo ainda que a maior parte dos passes dos jogadores encontram-se em fundos de investimento (para quem tem fraca memória, é só lembrar-se da razão porque o Manuel Fernandes foi para Espanha em vez de ir para Inglaterra), o "prestes" é mesmo a muito breve trecho.

Taberna do Alfaiate

É para um dia em que se pense não jantar (ou pelo menos, jantar menos do que o habitual), porque merece um espaço especial no estômago. E nesse dia, há que pensar em não fazer nada até às 18h da tarde.

Então, pega-se no automóvel/crava-se boleia a alguém (riscar o que não interessa), A1 até ao Cartaxo, daqui seguir as indicações na direcção de Lapa e logo que se chegar à pequena vila(?), estacionar perto de um mini-jardim. Daí virar à direita e encontra-se a "Taberna do Alfaiate" ou, como alguém que eu conheço disse, a Taberna de Guloseimas não doces. Ah, não fiquem especados à porta, é mesmo preciso tocar à campaínha. (Até recomendo que cheguem cedo ou que marquem, porque eu tive sorte)

Depois, nas entradas, é aconselhável muita prudência. Porquê? Porque são muitas, boas, e não deixam grande apetite para o prato principal. Farinheira, Morcela, Linguiça, Paios caseiros, Tábua de queijos, saladinha de polvo, de atum, de orelha, de bacalhau, de ovas e (ufa!) queijo fresco com especiarias (ainda sou capaz de me esquecer uma ou outra).

Nos pratos principais, há dois tipos de bacalhau, cabrito (que não é borrego), lombo de porco preto à padeiro, arroz de tamboril, .... e ficamo-nos por aqui, porque não houve mais experimentações. Convém MESMO que o número de pessoas para tal excursão seja par, porque as doses são para 2 duas pessoas à vontade (para 3 que comam mal, também dão). Eu, como sou um alarve (e não tenho vergonha), andei a petiscar, além de ter mandado abaixo um bacalhau com paio e broa absolutamente divinal. Mas tenho desculpa... eu é que fazia número ímpar.

Para as sobremeses já não houve espaço. Se a vista corresponder ao gosto do resto, parecem merecer um calmo aditamento da dieta decorrente. Com o café, vem um 'abafadinho' para ajudar a digestão, feito na casa, e igualmente divinal.

Concluindo, o pior é mesmo o que se tem que pagar. Mas 30 euros por pessoa para tamanhas iguarias não é o que se pode chamar de caro. Em termos de comparação, um restaurante ao pé do meu local de trabalho, associado a um Clube de Golfe, cobrava 50+ euros/pessoa e não há comparação possível.

Aqui vai mais uma sugestão para experimentar sabores.

Irra!

Amanhã é o pior dia do ano, para mim.

Finalmente...

... já percebi que , por mais que queira, blogar aos dias de semana é impossível. Fico-me pelos fins-de-semana sujeitos à pachorra do momento ou, como quem diz, à minha (pouca) vontade de fazer seja o que for.

Entretanto, a selecção lá ganhou ao Azerbeijão (sem Scolari e com o 11 certo - é tão fácil ver uma selecção com um trinco de qualidade), o Hamilton decidiu aumentar o interesse do Grande Prémio da China e o PSD elegeu um novo "grupo de trabalho" para atacar as eleições de 2009. Ou seja, em termos de desporto e política, as coisas vão tornar-se interessantes.

Por falar em Congresso do PSD, deliciei-me a acompanhar as coisas por aqui e por aqui. É engraçado apregoar imparcialidade (numa disputa com os Gato Fedorento, pela altura do Referendo à IVG) e falta de coragem (neste caso, apenas ao Ricardo Araújo Pereira) e depois fazer a linda figura que os "senhores" fizeram. Por isso, cada vez gosto mais do Menezes: alguém que consiga irritar Pacheco Pereira E estes (partidários da) direita (mas daquela direita assim colada à linha lateral) merece todo o meu contentamento.

P.S.: Uma versão mais humorística aqui.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Parabéns!

Ao Nelson, por ter concluído a defesa da sua Tese de Mestrado com o brilhantismo habitual a quem o conhece. E por ser o bom amigo que é (que ainda é mais importante que isso). E agora vou de fim-de-semana.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Frase do Dia!

Eu pensava que as pessoas, a partir de uma certa idade, tem a vivência suficiente para compreenderem que, quando não se aceitam recomendações razoáveis sobre um certo assunto ou projecto, acontece uma de duas coisas:
  1. As pessoas estão de acordo com o que está errado nesse assunto ou projecto.
  2. As pessoas não percebem o que está errado nesse assunto ou projecto.
Sobre o tema de corrupção, o Público, na sua edição online, descreve o choque que João Cravinho demonstra com a completa indiferença que as suas (ricas, e isto sem ponta de ironia) propostas para combater a corrupção foram aceites dentro do PS. E diz:

"Apesar de algumas dificuldades que antevia, não contava com uma atitude de absoluta incompreensão para a natureza real do fenómeno da corrupção."

Ora, se causava mal-estar (e isto não é inventado pelo artigo ou pelo entrevistado, eu tenho conhecimento que isso se passava mesmo), o ponto doisnão se aplica.

Fica ao cargo do leitor as conclusões que poderão advir sobre este assunto.

O GP do meu contentamento...

... e com um comentário com "açucar e com afecto" (e uma pequena homenagem ao melhor relator desportivo de sempre, Jorge Perestrello).



Para quem ainda não percebeu, foi preciso andar muita gente distraída para o Alonso ganhar dois campeonatos mundiais. Ainda dizem que o espanhol não tem sorte... não me lembro de um bicampeão tão mau como este.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Frases do Dia

"Eu compreendo que as pessoas são sujeitas a grande tensão e a períodos de grande desgaste, mas não se controlam e dizem coisas que não devem dizer."
Alípio Ribeiro, Director da PJ

(Bom, dizer a verdade é uma coisa que não se pode dizer?)

"Demissão é uma palavra muito forte. Apenas me limitei a assinar o despacho de cessação da comissão de serviço responsável pelo caso."
Alípio Ribeiro, Director da PJ

(Demitir não. Só o tirei das funções, que é completamente diferente. Este homem tem um potencial ilimitado para a comédia.)

"A taxa de desemprego estabilizou."
Augusto Santos Silva, Ministro dos Assuntos Parlamentares

(Uma estabilização é quando não muda. A matemática diz-me que 8.1% é diferente de 8.2% Há dois anos, andava pelos 7%. Muito estabilizada está a taxa.)

"Poder de compra não é economia."
Augusto Santos Silva, Ministro dos Assuntos Parlamentares

(Bem, aqui, mesmo que tente, não consigo comentar esta pérola.)

Spoooooooooooooooorting!

Não vi. Estava a trabalhar. Quando cheguei a casa a tempo do resumo, estava em tão mau estado que me fui deitar. Mas foi um resultado histórico e coloca-nos na luta pelo apuramento.

Agora, aos que nos acusaram de ser chorões (entre lampionada com dor de cotovelo e jornalistas com interesses obscuros e subsídios ainda mais obscuros - veja-se os jornais desportivos e os disparates que por lá se escrevem), com uma arbitragem honesta e correcta, ganhámos. É pena que dentro de portas isso nunca aconteça.

Técnica de condução!

Num dos poucos momentos de consciência total durante o dia de ontem, quando ia a caminho do local de trabalho, vi um sujeito numa Renault Express a mudar de via sem fazer pisca. Buzinadela valente e violenta (já estava mal disposto) e uma atenta observação permitiram-me conceber uma dúvida extraordinária: se eu tiver um cigarro na mão esquerda, acompanhado de uma garrafa de alguma bebida, a falar ao telemóvel na mão direita, sobra o quê para conseguirmos curvar o carro e fazer o pisca?

Teorias na caixa de comentários, se fazem o favor.

Serviço Público

A todos os leitores, regulares ou não, um conselho muito sentido do autor: nunca, repito, nunca comprem comida feita no Continente do Colombo. Há 48 horas que os meus intestinos, o meu estômago, a minha cabeça e um ou outro órgão que não vem ao caso estão em bulha constante.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Já me esquecia...

Esta ocorrência dá-me um especial prazer, até porque ficar acordado de madrugada para ver um Grande Prémio de Fórmula 1 já não o fazia desde a vitória do Häkkinen, no Japão, em 1999 - depois foram uns anos funestos onde o meu interesse esmoreceu, até porque havia 1 piloto com um carro, umas regras e um campeonato à parte.

Tudo isto para falar em Lewis Hamilton. Aquele começou a ser o primeiro 'preto' (acreditem, era assim que os jornais espanhóis o tratavam para denegrir a sua imagem e competência em favor de alguém que, pura e simplesmente, não presta como piloto e como pessoa) da Fórmula 1 está a 10 pontos (mais precisamente a 9, mas já agora que arrume a questão com uma vitória) de ser o 1º rookie a ganhar o Mundial de Pilotos, batendo a 'besta' (pelas razões supra-referidas) Alonso, um piloto bestial com um problema de bebida chamado Räikkönen, e a versão nº2 do Barrichello (um excelente segundo piloto) de seu nome Massa.

Isto porque ontem, contrariamente a tudo o que disseram antes da corrida, o 'preto' deu uma lição de condução em chuva ao nível das aulas práticas que o Mestre Senna dava (mantendo as devidas distâncias). E ganhou, beneficiando de um disparate táctico da Ferrari e da habitual má condução de Alonso - a 'besta' já repetiu várias vezes que não presta, basta ver o que fez no Canadá, em tempo seco. Mesmo assim, com toda a pressão inerente, soube ser certo, arriscar quando devia e tirou 10 pontos.

Às vezes, a justiça tarda mas não falha. E daqui a 8 dias espero ter a confirmação disto. (Nota: De sábado para domingo, acordem às 8h porque desta vez é mais tarde).